Postagens

A mulher erguida, uma narrativa com licença poética e potente a respeito de Lucas 13.10-17

As orquídeas sempre me ensinam, secas ou floridas; encharcadas de água ou agonizando quando eu fico com preguiça de molhá-las; vívidas ou resistindo às pragas; cheias de hastes que viram flores ou de raízes novas que surgem depois de uma longa florada. Geralmente as flores de uma orquídea secam e caem, uma por uma, deixando a haste peladinha. Com essa foi diferente, hastes e flores secaram e permaneceram unidas. Nenhuma flor caiu. Essa secagem foi muito rápida, começou a primeira e logo foi se seguindo uma a uma e, por fim, a haste. Acabei de cortá-la. Na orquídea, ainda há outra haste que com apenas quatro flores, ainda me faz sorrir, tamanha é a poesia e a singeleza dessas flores. O último ano secou muita coisa em mim e numa velocidade semelhante a que presenciei nessa orquídea. E não foi só por causa da pandemia. Sem esperar, viramos as esquinas da vida e as decepções te sequestram. São diversos os motivos e diferentes as maneiras como se reage a tudo isso. Eu sequei em muitas coisa...